Mais de seis milhões de judeus foram torturados e mortos por nazistas durante o holocausto. Todas essas pessoas, inclusive idosos e crianças, tiveram suas vidas interrompidas de uma forma extremamente cruel e impiedosa. O Memorial do Holocausto em Berlim foi criado como forma de homenagear todos os judeus nos campos de concentração.
Conteudo
O que foi o Holocausto
O holocausto refere-se ao genocídio de judeus, homossexuais, comunistas e ciganos durante a Segunda Guerra Mundial. As minorias eram levadas para os campos de concentração, sendo obrigados a trabalhar por muitas horas seguidas, até o momento de serem executados.
Vários campos de concentração foram criados durante o período. No maior deles, Auschwitz, mais de um milhão de pessoas foram mortas pelos nazistas. As mortes aconteciam por diversas causas: fomes, doenças, esgotamentos físico, envenenamento nas câmaras de gás e fuzilamentos.
O Holocausto começou a ser imaginado por Adolf Hitler ainda no ano de 1920, enquanto ele redigia o livro ‘’Minha Luta’’ dentro da prisão. A ideia era criar um vasto território imperial na Alemanha, que com o tempo, iria se expandir para outros continentes. O objetivo era criar o ‘’reino’’ da raça ariana’’, considerada superior a todas as outras (na mente de Hitler).
A perseguição aos judeus, na realidade, começou pouco antes do holocausto. Eles tiveram suas fortunas confiscadas, foram expulsos de suas casas e demitidos de cargos públicos, sendo obrigados a se isolar socialmente nos guetos. Muitos europeus começaram a se voltar contra eles e outras minorias.
Quando a Segunda Guerra teve início e os nazistas começaram a ocupar diversas regiões da Europa, dezenas de campos foram construídos para escravizar e exterminar judeus. Após eles serem mortos nas câmaras de gás, os corpos eram incinerados em fornos.
O que vai encontrar no museu
O Memorial aos Judeus Mortos na Europa ocupa uma área de 20 mil m² em Berlim, capital da Alemanha. O lugar tem mais de 2500 blocos de concretos que lembram túmulos, o que faz com o que o museu se pareça um enorme cemitério.
No subsolo do museu situado o Centro de Informação, que serve como uma forma de homenagear as vítimas do regime nazista em todos os territórios ocupados durante a Segunda Guerra Mundial.
Na área subterrânea, há várias salas com diversos temas:
uma sala que conta a história de diferentes famílias judias
- sala com bilhetes, cartas e trechos de diários escritos por judeus (falando sobre o horror que eles haviam passado)
- sala com nome e história de algumas das vítimas
- sala que fala sobre os maiores campos de concentração
- sala com banco de dados e vídeos dos sobreviventes (muitos judeus vão até o local pra procurar informações sobre familiares)
O objetivo dessa exposição é mostrar um pouco da vida das pessoas que foram vítimas do holocausto. A triste história das vítimas é recontada por meio de fotos, vídeos e outros equipamentos audiovisuais.
O museu foi aberto ao público no dia 12 de maio de 2005, como uma forma de celebrar os 60 anos no fim da Segunda Guerra Mundial, responsável por tantas mortes na Europa. Além disso, mais de 500 mil pessoas visitam o local todos os anos.
Lembre-se que esse museu é um lugar solene, portanto, durante a sua visita, evite fumar ou falar palavras desrespeitosas. Também não é recomendado levar menores de 14 anos até o local.
Pequena introdução sobre o museu
A visita começa com um pequena introdução explicando como a política nazista conseguiu exterminar tantas pessoas entre 1933 e 1945. Uma linha do tempo é mostrada com fotos extremamente tristes, explicando sobre a perseguição e morte dos judeus em território europeu.
Na primeira sala há um painel que mostra a foto de seis pessoas, responsáveis por representar todos os mortos e também explicar suas diferentes origens.
Na segunda sala, há registros escritos de algumas pessoas que perderam suas vidas na mão do partido nazista. Os bilhetes e cartões postais em exposição nunca chegaram aos verdadeiros destinatários. A sala das famílias é uma das mais tristes do museu, pois os painéis mostram as fotos e a história das famílias separadas nesse período.
A segunda sala deixa explícito que os judeus estavam sendo perseguidos e executados pelo preconceito dos nazistas com a sua etnia e origem.
No terceiro ambiente, os nomes de todas as vítimas que foram identificadas (pois algumas pessoas nunca foram encontradas) é exibido.
A quarta sala mostra os principais campos de extermínio em todos os países ocupados durante a guerra. Essa sala com certeza é uma das mais dolorosas, pois mostra os lugares em que tantas pessoas foram torturadas e exterminadas.
No último ambiente, há um espaço para homenagear os sobreviventes do maior genocídio da história moderna. Através dos painéis e vídeos, as vítimas contam os horrores que passaram e o que elas tiveram que fazer para superar esse trauma tão grande.
Como chegar no museu
Se você está de ônibus, pode pegar as linhas 100, 200, M41 e M85, pois todas elas tem paradas praticamente ao lado do Memorial. Também é possível chegar de metrô, através das estações mais próximas, Brandenburg Tor e a Postdamer Platz.
O local tem acesso gratuito (porém é possível levar doações) e funciona das 10:00h às 20:00h de abril a setembro. Já entre outubro e março, o local está aberto das 10:00h às 19:00h. Como grande parte dos museus na Europa, o Museu do Holocausto também está sempre fechado nas segundas.
Caso você queira ter explicações mais detalhadas sobre as salas de visitação, é possível contratar um audioguia pelo valor de 4 euros.
Berlim possui dois aeroportos internacionais e ambos recebem vôos diretamente do Brasil. Lembrando que como a Alemanha faz parte dos países que assinaram o Acordo de Schengen, é obrigatório ter um seguro viagem para entrar no país.
Os brasileiros que decidem viajar para a Europa não precisam de visto turista, porém o tempo máximo de permanência em território europeu é de três meses. Junto com a sua passagem de ida, é necessário comprar a de volta, caso contrário, você vai ter problemas com a imigração.